A Loucura Acabou...

Pessoal, chegamos ao fim de mais uma campanha do grupo Oblivion RPG, que se extendeu aí desde o íncio do ano de 2008 e teve seu derradeiro - e terrível - final agora.

Agradeço a participação de nossos bravos e insanos investigadores:

Nathan Grey - Orlando
Ed Norton/Oswald Phillips - Haroldo
Harper Hailey - Gustavo
Charles Thadeus/Brian Mark - Julio
Mike Pierce/Steve Ray - Lucas
Nicholas Ross - Tiago "Lagarto"


Espero que tenhamos feito juz ao material incrível lançado pela Chaosium e surgido da mente insana de Lovecraft.

Cthulhu Fhtagn!

Leandro Novo
Keeper of the Arcane Lore

quarta-feira, 23 de julho de 2008

"Faceless Void" - Chapter 21

(dos diários e anotações anônimas da Sociedade de Oswald & Grey, investigadores de Arkham, Nova Inglaterra)

- Ilha de Páscoa -

27 de junho de 1925

Garrison chega com o anoitecer e não demora para conversarmos. No final ele acabou entendendo que, se não nos ajudasse a capturar a Jóia de Ra' Anzul e o Livro de Dagon, ele e sua família continuariam naquelas condições para sempre. Através dele, soubemos que a jóia possui ligação direta com R'lyeh e o Disco.

Não tínhamos tempo para rodeios. Juntos do capitão, traçamos um plano para matar aqueles desgraçados. A igreja da vila era uma fachada para um culto em seus subterrâneos. Explodiríamos tudo, invadimos o lugar e pegamos o que queremos. E assim foi feito.

Na calada da noite, nos embrenhamos na vila e colocamos barris de pólvora, providenciados por Garrison, em pontos estratégicos. A explosão foi estrondosa e atraiu, conforme planejado, os cultistas para fora da igreja, facilmente mortos por nós.

Invadimos aquele local de profanação. Em seus subterrâneos, encontramos câmaras e túneis inundados, que nos cobria até a cintura com água escura e salgada. Topamos com um ídolo de pedra, o deus-peixe Dagon, e um altar para possíveis sacrifícios humanos; encontramos também um calabouço, onde jovens - algumas ainda respiravam - eram mantidas em cativeiro, em péssimo estado, debilitadas. Não podíamos salvar ninguém, que Deus nos perdoe.

Seguindo adiante, começávamos a sair do que parecia ser um longo declive. Estávamos subindo acima do nível do mar. Então pudemos sentir a gélida brisa marítima. Haviam orações e um canto, vagaroso e sinistro, sendo entoado. Saímos a céu aberto e nos deparamos com Void - ou Miller, pois realmente possuem os mesmos adereços macabros - à beira de um penhasco liderando um aglomerado de habitantes da vila; em uma de suas mãos, uma espécie de cristal cilíndrico, uma lasca, de cor verde-escura. Penhasco abaixo, um paredão de rochas - para nossa surpresa, o mesmo que naufragamos à três noites - que recebía fortes ondas.

Essa era nossa chance mas acabamos perdendo-a. Efetuamos alguns disparos contra aquela multidão e Void se lançou nas águas, fugindo de nós. Frustrados voltamos para as câmaras e túneis, perseguidos pelos demônios-do-mar. Por sorte, estávamos com munição suficiente para enfrentar aquelas criaturas, além de que pudemos contar com um poderoso "gancho de direita" de Norton.

Foi então que topamos com Void, acompanhado do Homem Negro - o mesmo que vimos em Arkham ao lado de Miller. Void parecia concretizar a leitura de alguma espécie de ritual, segurando o Livro de Dagon entre as mandíbulas de sua mão deformada; em sua mão humana, a Jóia de Ra' Anzul.

O Homem Negro caminhou até nós. Ele falava nossa língua fluentemente e não demonstrou hostilidade. Ao invés disso, ele demonstrou estar apenas desfrutando de nossos tormentos, como um observador sádico. E ele nos incentivou a matar Void naquele momento, com um sorriso terrível no rosto.

Norton tomou a frente, enquanto o restante da Sociedade foi imobilizada pelos demônios-peixe. Segurando uma adaga ritual, Norton se prepara para cravar sua lâmina no homem conhecido como Void...que abriu os braços em meio a sua loucura cega, pronto para se sacrificar em pró de algo que ainda não nos demos conta...

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