A Loucura Acabou...

Pessoal, chegamos ao fim de mais uma campanha do grupo Oblivion RPG, que se extendeu aí desde o íncio do ano de 2008 e teve seu derradeiro - e terrível - final agora.

Agradeço a participação de nossos bravos e insanos investigadores:

Nathan Grey - Orlando
Ed Norton/Oswald Phillips - Haroldo
Harper Hailey - Gustavo
Charles Thadeus/Brian Mark - Julio
Mike Pierce/Steve Ray - Lucas
Nicholas Ross - Tiago "Lagarto"


Espero que tenhamos feito juz ao material incrível lançado pela Chaosium e surgido da mente insana de Lovecraft.

Cthulhu Fhtagn!

Leandro Novo
Keeper of the Arcane Lore

quarta-feira, 25 de junho de 2008

"Escape From Apophis" - Chapter 18

(dos diários e anotações anônimas da Sociedade de Oswald & Grey, investigadores de Arkham, Nova Inglaterra)

- Cairo, Egito -

09 de maio de 1925

Péssimo dia. Como previsto, os experimentos do Dr.Harper resultaram em abominações. O mesmo pode ser dito com a tentativa de convocação de Yog-Sothoth por parte de Norton e Padre Mark - que teve sua face queimada terrivelmente no processo, pagando um alto preço por sua ousadia. Todos estamos lidando com magias desconhecidas e conhecimentos fatais - catástrofes.
Harper está mal...o Necronomicon o seduz cada vez mais.

10 de maio de 1925

Imbuídos de coragem pura - e pela loucura, temo eu - nos embrenhamos na escuridão da necrópole uma vez mais, desta vez determinados a capturar o Disco de R'lyeh para assim podermos abandonar essa terra maldita e profana. Encontramos câmaras negras onde centenas de pessoas permanecem em estado hibernante, famintas pela chegada da noite; sarcófagos e ídolos aberrantes homenageados em cada corredor e parede; glifos perturbadores talhados por mentes doentias e escravizadas pela escuridão do Faraó Negro.

Assim então chegamos ao nosso destino e nos deparamos com o indescritível.

Havia entranhas, grandes como as de uma baleia, espalhadas por todo o recinto infernal. O chão estava coberto por algo que parecia ser uma sopa intestinal misturada à sangue. O odor ardia e debilitava nosso olfato, de tão grotesco. No centro do salão vivo, havia um gigante milenar em seu trono de pedra. Cabeça de polvo, corpo humanóide. Asqueroso e terrível. Agora sabíamos, contra nossa vontade, de onde vinha tudo aquilo que revestia a sala. Em sua barriga, uma enorme ferida escancarada, que despejava seu conteúdo sobre o salão. Anankra - assim era denominado o Guardião de Apophis, aquela monstruosidade. Acima dele, um ornamento do deus Cthulhu e o Disco de R'lyeh encrustado nele.
O terror tomou a todos, chocante e impiedoso. Nosso padre, que Deus o tenha, sucumbiu então à loucura. Não havia mais fé ou razão em seus olhos.

Norton e Dr.Ross escalaram a coisa, que estava aparentemente morta à séculos, e conseguiram extrair o disco, finalmente. Mas nossa sofrida vitória foi encerrada com o despertar da criatura. Nathan Grey jura ter visto o próprio Faraó Negro, Nephren-Ka, assoprar uma flauta de ossos para despertar o guardião de seu templo.

"Você me quer? Então você me tem!!" foram os últimos brados ensandecidos de Padre Mark, antes dele escalar a criatura, alcançar sua cabeça e tentar, em vão, ferir o monstro. O restante de nós correu, pois sabíamos que não havia esperança por nosso companheiro e nossa coragem havia sido superada, em muito, pelo horror.
Meu coração pesa em relatar isso, mas o padre atrasou o monstro. Anankra o apanhou e desmembrou, torceu e esmagou em uma espécie de fascínio doentio, como uma criança brincando com um pequeno besouro. Enquanto eu corria, ajudando os outros a carregar o pesado Disco, eu ainda pude ouvir os bravejos derradeiros do padre.

O gigante emergiu daquela pirâmide negra e nos perseguiu pela necrópole escuridão à dentro. Graças às anotações e cálculos de Edward Norton, tomávamos ruas estreitas onde seu corpanzil não pudesse passar - embora ele abrisse seu próprio caminho com braços poderosos em nosso encalço.
Enfim encontramos a luz do sol ao sair daquele inferno e por pouco o Arco de Ra - já reconfigurado por algum dispositivo que não conhecemos - não nos sela com a criatura.

Pudemos tomar fôlego após uma hora. Mas apesar de tudo, estávamos com o Disco de R'lyeh.

Depois disso, voltamos para o Cairo, tivemos problemas com a milícia local mas conseguimos contornar a situação com algumas peças de ouro legítimo que pegamos das escavações de Clarice Osborn.

- Arkham, EUA -

12 de junho de 1925

Após uma longa e cansativa jornada, voltamos a Arkham. Harper falsificou documentos e carimbos para convencer o Museu de Nova Yorque de que a expedição foi um fracasso total. Ainda sentimos muito pela perda de Brian Mark, que Deus o tenha em seus braços.
Não sei se sinto pesar ou alívio por ele - afinal, ele foi o primeiro a encontrar a paz em meio a esse tormento que nos assombra em vida. Agora, planejamos nossa próxima empreitada: Ilha de Páscoa. Somente Deus sabe qual de nós será o próximo a sucumbir...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

"Into The Darkest City" - Chapter 17

(dos diários e anotações anônimas da Sociedade de Oswald & Grey, investigadores de Arkham, Nova Inglaterra)

06 de maio de 1925

Para manter minha identidade em segredo, pretendo descrever os atos e decisões tomadas por mim em terceira pessoa. Apophis é uma gigantesca cidadela subterrânea. Nós caminhamos por mais de 40 minutos na escuridão absoluta, ar frio e úmido nos envolvendo. Nossos lampiões mal fornecem a iluminaçã necessária para a expedição que pretendíamos, mas mesmo assim continuamos, impulsionados pela coragem e necessidade em igual. Meus colegas permanecem assim, como eu que vos narra - já não sei o que é real ou pesadelo.

Encontramos três carcaças gigantescas, agora meros esqueletos. São humanóides, crânio avantajado e disforme. Eles jazem aos pés de uma estátua em homenagem ao Faraó Negro, Nephren-Ka, que parece ser a divindade mais cultuada aqui.

É nesse momento que um estranho se revela diante de nós. Apreensivos, sacamos nossos revólveres enquanto ele balbucia, em um inglês arrastado e mal-falado, palavras sobre "deusa Bast" e "um mal que assolará o mundo". A incompreensão nos tornou assassinos, pois o baleamos após ele tentar degolar Edward Norton com uma adaga. No peito do estranho, um pentagrama tatuado.

Nos aprofundamos na cidadela da escuridão, pois o tempo urgia. Nos deparamos com uma enorme pirâmide negra, de arquitetura completamente alienígena, perturbadora e grotesca. Seus detalhes continham tubos, orifícios e curvas hipnotizantes. Estupefatos, sabíamos o que nos aguardava no interior daquela "coisa". Bolamos um plano: iriamos nos passar por verdadeiros servos do Faraó Sem Nome, pois estávamos portando o Necronomicon. Mas Harper decidiu abandonar a contenda, por hora. Feito isso, nosso plano não seria concretizado e, temendo por nossas vidas, voltamos à superfície antes do pôr-do-sol.

09 de maio de 1925

Norton e nosso "padre", Sr.Mark, se empenham para estudar novos feitiços do Liber Ivonis. Eles esperam que a magia contida naquelas terríveis páginas possa oferecer certa ajuda em nossa missão. Até mesmo nosso médico britânico, Dr. Ross, se engajou em leitura naquele livro.

As coisas sempre voltam durante o anoitecer. Eles rondam nosso galpão, rosnam e emitem rugidos assustadores, mas não invadem a tenda graças à marca sagrada, com sua pintura reforçada todos os dias.

Temo por Harper Hayley e seu afinco em decifrar o maldito Necronomicon sozinho. "Temos um novo Miller aqui" disse o padre certo dia. Nathan Grey e Ross o viram fazendo experiências horríveis com o cadáver fresco da arqueóloga Clarice Osborn, seguindo alguma prática macabra contida no livro. Todos da Sociedade sabemos o que aquele livro faz com seus leitores. Seduz. Corrompe. Distorce. Deus - se é que ainda há algum - cuide para que estejamos errados...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

"Children of Darkness" - Chapter 16

05 de maio de 1925

A Sociedade de Oswald & Grey chega no Cairo, Egito, financiados pelo Museu de Nova Yorque. Harper Hailey teve sua mão amputada devido ao ferimento sofrido durante a captura do Necronomicon, agora de posse sua e atual objeto de estudo. Padre Mark e Edward Norton se engajam no estudo de rituais profanos contidos no Liber Ivonis, afim de poderem enfrentar futuros horrores com magia. Steve Ray fica em Arkham, pois teve que tratar de assuntos pessoais importantíssimos. Nicholas Ross e Nathan Grey se encarregaram de fazer as movimentações bancárias para a viagem.
O objetivo deles é claro: seguir as visões do Mensageiro Profano e conquistar o Disco de R'lyeh.
Conforme coordenados pelo MNY, o grupo, à cavalo, chega até o local de uma expedição em andamento, nas areias desoladas a 250km da cidade. Lá, segundo as pesquisas pré-viagem da Sociedade, eles encontrariam o destino enigmático das visões. Mas no local eles encontram apenas a assustada arqueóloga Clarice Osborn, uma colecionadora de artefatos antigos. Segundo ela, sua equipe foi atacada por selvagens, que chegavam sempre ao anoitecer. Para o pavor de todos, o Dr.Grey saca sua arma e mata, à sangue frio, a arqueóloga, argumentando que ela sabia demais. Isso apenas comprova que o bom Nathan Grey que conheciam se foi junto com sua sanidade.

Ao vasculharem as tendas erguidas pela expedição, eles encontram várias relíquias egípcias, dentre elas o "Arco de Ra" e uma esfinge macabra, "O Faraó Sem Nome". Nas anotações de Clarice, o artefato teria sido encontrado aos arredores de Apophis, uma cidade perdida que ressurgiu nas areias do deserto a alguns meses.

A noite chega, e com ela vem o horror. Como previsto, o grupo é atacado por um bando de selvagens bizarros - homens horríveis, com terríveis mutilações no corpo e máscaras de couro identicas à de Jeremy Miller. Não resta dúvidas: eles são servos de Cthulhu. Devido à uma marca mística descoberta por Harper, eles conseguem afugentar as criaturas.

Logo ao amanhecer, o grupo segue rumo à Apophis, utilizando um mapa encontrado dentre as anotações da arqueóloga. Mesmo em plena luz do dia, o local é assustador. Há estátuas de divindades egípcias guardando o local e ruínas desenterradas. As primeiras análises comprovam que Apophis é na verdade uma prisão para algo que eles entitulam "A Escuridão" e que é dali que saem as coisas que os atacaram na noite anterior. O Arco de Ra abre a passagem para a cidadela e o grupo se depara com glifos nas paredes, contando toda a história daquela necrópole.
Segundo as inscrições, antigamente ali haviam adoradores de Cthulhu, liderados pelo Faraó Negro, ou Nyarla-Thot-Ephis, que foram selados na cidadela pelos fiéis ao deus-sol e protetor, Ra. Ali também seria o túmulo de Anankra, O Guardião do Mapa Para O Reino de Apophis.

Sem delongas e sabendo que ali é onde se encontra o Disco de R'lyeh, o grupo prossegue rumo à escuridão da cidadela...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

"The Messenger" - Chapter 15

20 de abril de 1925
A madrugada segue com a promessa de novos horrores.

Sem delongas, o grupo - liderado por Sebek-Hensu - segue para a colina onde se situa o observatório do falecido professor Columbus. A noite esfria cada vez mais. Newton, entusiasmado, mal entende o que está por vir, diferente dos membros da Sociedade de Oswald & Grey, nervosos e apreensivos, e o ex-ajudante de Miller, Steve Ray.

O ritual começa e Sebek obriga os investigadores a realizar um sacrifício humano: o detetive Newton. Sem alternativas e dispostos a entender os objetivos dos Grandes Antigos, o grupo agarra o ingênuo detetive, que é degolado pelo sacerdote egípcio, que utiliza uma antiga adaga ritualistica. Seu sangue, misturado a um composto preparado por Sebek, é servido aos participantes da cerimônia profana. Mesmo enojados, eles bebem, se contorcem. A oração entoada por Sebek começa a ficar cada vez mais distante, conforme o transe vai tomando conta da mente dos investigadores.

Uma estranha neblina toma conta do local e os envolve, trazendo consigo um odor azedo. O Mensageiro Profano de Nyarlathotep chegou. Ele se apresenta como uma criatura disforme, incompreensível e repugnante. A mera visão daquela coisa choca e traumatiza a todos. Uma enxurrada de visões invade a mente de todos: uma cidadela decadente no Egito, um templo sobterrado pelas areias, um disco dourado ornamentado com o semblante do deus Cthulhu - o Disco de R'lyeh - e uma enorme estrutura sombria erguida sobre as águas do mar. O Mensageiro se vai, cumprindo seu dever após ter sido convocado. Sebek-Hensu se decompõe ao término do ritual, descansando finalmente. Após vários minutos tentando se recompôr daquela terrível experiência, a Sociedade queima os corpos de Sebek e Newton e partem do local.

25 de abril de 1925

Os dias se passaram lentamente, com a Sociedade ainda se recuperando do último evento. Norton, Padre Mark e Ray se engajaram nos estudos do Liber Ivonis e descobriram grandes e perigosos segredos, arriscando a saúde mental no processo.

Harper, Grey e Ross invadiram o Lodge Club e finalmente encontraram o precioso Necronomicon, mesmo após uma terrível armadilha ter devorado uma parcela da mão de Harper. Eles também encontraram experimentos abomináveis realizados pela Ordem do Crepúsculo Prateado.

Harper consegue o apoio do Museu de Nova Yorque para financiar uma expedição até o Egito. O grupo então se prepara para partir dentro de alguns dias, onde uma nova etapa começa...e novos horrores despertam...